Há seis anos, o Projeto Transformar tem mudado realidades no bairro Morada Nova, em Valença do Piauí. A iniciativa atende atualmente entre cadastradas e frequentadores 130 crianças e adolescentes, oferecendo atividades esportivas, culturais e educacionais, além de apoio social para as famílias da comunidade.

Alan Silva, um dos mobilizadores do projeto, conta que tudo começou com um sonho de transformar a imagem do bairro e proporcionar novas oportunidades para os moradores.

 “Esse projeto começou com o intuito de melhorar e ajudar a sanar a necessidade do bairro. O bairro Morada Nova, onde a gente está aqui em Valença do Piauí, ele sempre foi intitulado como uma má influência, por causa, principalmente, da quadra que fica aqui do lado, com muita droga, muita questão de prostituição. Então, o intuito do projeto foi lançado para sanar essa visão ruim do bairro”, explicou Alan.

Os primeiros passos foram dados com o futebol, uma ferramenta de aproximação com os jovens da comunidade.

“A gente começou trabalhando ali com os meninos no futebol, só com alguns do futebol que frequentavam aqui a igreja, onde a gente faz parte, a Igreja Presbiteriana Renovada, e aí através disso, no ano de 2019, começaram a vir mais meninos para frequentar esse espaço, que era do lado da igreja, até então a gente não tinha essa estrutura, começaram a frequentar juntamente com os meninos da igreja, e foi tomando uma dimensão muito grande, até que nós tivemos que expandir”, contou.

Com o crescimento das atividades, novas parcerias surgiram, inclusive de pessoas de outros estados, como São Paulo, e da missão ligada à igreja. Além do futebol, Alan conta que teve o corte de cabelo e com o crescimento das ações foram surgindo pessoas de outros lugares interessadas no projeto missão. “Pessoas de fora começaram a se interessar, pessoas de São Paulo, a missão que nós fomos enviados da nossa igreja se interessou por isso e investiu no espaço, a gente já tinha um terreno doado e então eles investiram em nós e a gente construiu esse prédio onde acontece as nossa atividades.”

Atualmente, o projeto oferece, além das práticas esportivas, reforço escolar, pré-alfabetização, alfabetização, aulas de música e se prepara para iniciar, a partir de junho de 2025, oficinas de informática.

“A gente adicionou algumas ações sociais, como reforço escolar, pré-alfabetização, alfabetização, aulas de música também, que a gente já tinha começado antes da construção e agora vamos começar no mês de junho de 2025 a informática, se Deus quiser, com as doações de alguns computadores”, comemorou Alan.

E a expansão não para por aí, o projeto planeja incluir também aulas de jiu-jitsu e cursos profissionalizantes, como manicure e pedicure como ferramenta de transformação como diz Alan: “São ações sociais que nós temos feito para mudar a mentalidade, principalmente de jovens, crianças e adolescentes”.

Com o objetivo de fortalecer e garantir a continuidade das atividades, Alan faz um apelo para que mais pessoas da comunidade, além de instituições públicas e privadas, se tornem parceiras do projeto.

“Todo o trabalho que nós fazemos, nós damos um lanche no final, nos reforços, na alfabetização, inclusive até mesmo no futebol, a gente também dá um suporte para eles, porque a gente tenta cuidar e mostrar pra eles que não é ensinar, mas também cuidar para que eles entendam isso. Então, nosso custo é alto”, destacou.

Para ajudar na sustentabilidade financeira do projeto, os voluntários organizam mensalmente a venda de quentinhas. “A gente faz uma ação social que a gente chama de ‘Quentinhas do Projeto Transformar’, que a gente arrecada mantimentos, faz a quentinha e vende por 10 reais, uma vez por mês, às vezes duas vezes. Nós vendemos na sociedade e oferecemos para o pessoal de fora, com esse valor simbólico para arrecadar e pagar essas contas, ajuda a pagar lanche”, explicou o mobilizador.

Além disso, o projeto também conta com doações e com o trabalho de voluntários que dedicam tempo e habilidades no desenvolvimento das atividades.

As ações do Projeto Transformar acontecem de quarta-feira a sábado. Quem desejar colaborar, seja financeiramente ou como voluntário, pode entrar em contato diretamente com Alan Silva pelo telefone (14) 99885-7878. As atividades podem ser acompanhadas pelo Instagran acessando aqui