Valença do Piauí, 27 de jul, 2024

Microsoft compra divisão de celulares da Nokia por US$7,2 bi

Dois anos depois de atrelar seu futuro ao sistema operacional Windows Phone, a Nokia vendeu sua divisão de celulares para a Microsoft por 7,2 bilhões de dólares. O negócio fez as ações dispararem mais de 40 por cento nesta terça-feira (3).

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A Nokia continuará como fabricante de equipamentos para telecomunicações e detentora de patentes. O presidente da empresa, Stephen Elop vai retornar para a Microsoft como presidente de suas operações com dispositivos móveis. Também tem sido cotado como um possível substituto ao atual presidente-executivo da Microsoft, Steve Ballmer, que vai se aposentar e espera transformar a companhia em uma empresa de aparelhos e serviços, como a Apple, antes de deixar o comando.

A Nokia já foi a maior empresa de celulares do mundo. Mas foi superada por Apple e Samsung no segmento de smartphones. Em 2011, Elop assumiu que a Nokia estava ficando para trás e não tinha tecnologia para acompanhar o mercado. Foi quando decidiu usar o Windows Phone, no lugar de sua própria plataforma ou do sistema do Google, o Android, hoje líder de mercado.

A Nokia chegou a ter uma participação de 40 por cento do mercado de celulares em 2007. Atualmente, a empresa tem apenas 15 por cento, com uma presença ainda menor em smartphones, de 3 por cento. Às 8h07 (horário de Brasília), as ações da Nokia dispararam 41,8 por cento, com investidores antes desanimados recomprando os papéis para limitarem suas perdas.

Apesar da alta, o valor da ação, de 4,18 euros, é uma fração do pico atingido em 2000, a 65 euros. As mudanças na Nokia fizeram a empresa ser avaliada agora como valendo cerca de 15 bilhões de euros. Mas esta também é apenas uma fração em relação ao auge da companhia, que já chegou a ter valor de mercado de 200 bilhões de euros.

Vendida por uma ninharia – A venda do negócio de celulares da Nokia não é a primeira reviravolta dramática da empresa em sua história de 148 anos. A companhia já vendeu de botas de borracha a televisores. Mas o anúncio da venda foi um duro golpe para o país natal da empresa, a Finlândia.

Abril

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