A moradora Maria Larissa, do bairro Gil Marques, em Novo Oriente do Piauí, relatou de forma emocionada nesta sexta-feira (26) as dificuldades que enfrenta diariamente pela falta de água em sua residência. Mãe de uma criança especial, ela afirmou que a situação se tornou insustentável e cobrou providências da empresa Águas do Piauí, responsável pela concessão do abastecimento no município.

Segundo Maria Larissa, o problema persiste desde a conquista de sua casa própria, há cinco anos. Apesar das cobranças mensais dos talões, o fornecimento de água é irregular e insuficiente.

“Durante cinco anos que eu consegui realizar a minha casa própria, desde então eu não consigo ter água na minha casa, às vezes só ia durante o dia e ultimamente depois dessa empresa nova, Águas do Piauí, não tenho nem durante a noite. Já passei três semanas que não teve nenhum tipo de abastecimento, nem mesmo um carro pipa da empresa, só teve solução uma vez que o carro pipa foi na minha residência fazer o abastecimento”, desabafou.

A moradora contou que, após registrar reclamações no 0800 da empresa, permanece sem resposta efetiva. “Uma semana depois nós ficamos sem água novamente, liguei através do 0800 que a gente só tem em contato com a empresa através do 0800, e até então estou na espera desse carro pipa e até hoje ele não teve solução nenhuma”, disse.

Sem alternativas, no dia 28 de julho, Maria Larissa buscou ajuda no Ministério Público em Valença do Piauí. “Quando me vi na situação que não tinha mais condições de ficar em casa sem água de jeito nenhum, nem pra beber, eu vim procurar a ajuda do Ministério Público. Tenho uma filha especial, aí dificulta muito”, declarou emocionada.

A reunião realizada nesta sexta-feira contou com a presença de autoridades municipais e moradores, que pediram a intervenção do Ministério Público para que a Águas do Piauí cumpra com sua obrigação de garantir abastecimento adequado à população.

Outro ponto criticado é a ausência de uma base da empresa na cidade, obrigando os moradores a recorrerem apenas ao atendimento telefônico.

A situação vivida por Maria Larissa é apenas um retrato de uma realidade que afeta diversos municípios do Piauí, incluindo a cidade de Valença do Piauí, onde fica uma base da empresa e que passa pela mesma situação com falta d’água e até reclamações de que a empresa não estaria entregando as contas em todas as residências.