Pesquisa revela “culpados” pela falta d’água: 38% Águas do Piauí; 33% Governo do Estado
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Divulga entre os dias 24 e 26 de novembro revela o quanto as pessoas estão revoltadas com a constante falta d’água no Piauí.
A pesquisa foi realizada apenas na cidade de São Raimundo Nonato, um importante polo na região Sul do estado e que enfrenta uma Fm grave crise com a escassez.
O levantamento, realizado com 383 moradores, aponta forte insatisfação com a qualidade e a regularidade do serviço, além de identificar os responsáveis, na visão da população, pela crise hídrica que atinge a cidade.
De acordo com os dados, a percepção sobre a qualidade da água fornecida nas residências é predominantemente negativa.

37,9% classificam como ruim, 37,1% como muito ruim, somando 75% de rejeição.
Apenas 17,2% consideram a água boa, enquanto 7,8% avaliam como regular. Não houve registro de respostas que classificassem como “muito boa”.
A pesquisa reforça que a queixa sobre a má qualidade da água é acompanhada por longos períodos sem abastecimento. 46,7% afirmam ficar muitos dias sem água ao longo do mês, 26,4% relatam falta por vários dias seguidos, 9,4% dizem que falta ao menos uma vez por semana. Somente 7,6% afirmam que quase nunca falta água. Os dados evidenciam um problema recorrente e estrutural.
Quando perguntados sobre como avaliam o abastecimento atualmente, os moradores novamente revelam insatisfação: 38,9% disseram péssimo, 34,7% ruim. Apenas 11,5% disseram bom e 1,3% ótimo.
“CULPADOS PELA FALTA D’ÁGUA”
Na pergunta sobre quem seria o principal responsável pela crise no abastecimento, os moradores apontaram: a empresa responsável pelo fornecimento de água (38,3%), o Governo do Estado do Piauí (33,7%), o prefeito Rogério Castro (10,4%), o Governo Federal (8,9%), A própria população, por desperdício (4,2%).
O dado que mais chama atenção é que um terço da população (33,7%) responsabiliza diretamente o Governo Rafael Fonteles, responsável pela gestão estadual do sistema de abastecimento.
