CONFIRA AS FOTOS DA BELDADE LISE GTANDENE
Lá pelo meio de Meu nome não é Johnny, o trincado protagonista João Estrella (Selton Mello) tenta passar uma cantada numa morena espetacular durante uma festa em seu apartamento: “Você parece aquela atriz do Bonequinha de luxo. a Katharine Hepburn”. Ela corta: “É Audrey Hepburn”. “Ela mesmo, que fez aquele filme maneiríssimo, o Sabrina, com aquele ator, o Holden Caufield.” “É William Holden.” Ele tenta mudar a estratégia: “Peraí, você é bonita ou é inteligente? Porque você está me deixando confuso e eu não estou sabendo lidar com isso”. Aí a namorada dele entra em cena e acaba literalmente com a festa.
O personagem errou tudo: o nome dos atores, o xaveco batido, a ofensa indireta. Mas pelo menos escolheu bem o alvo: a morena em questão é interpretada por Lise Grendene, dona de um dos rostos mais interessantes a passar por um filme brasileiro nos últimos anos – com um tanto da delicadeza de Audrey Hepburn, sim, mas também com um certo exotismo conferido pela ascendência indígena e espanhola (por parte de mãe) e italiana (por parte de pai).
É uma cena pequena, a primeira no cinema de uma carreira que promete voos mais altos. Mas tem sua carga simbólica: como sua personagem, Lise é sempre tomada por alguém que não é. Ou por menos do que é. Sua luta diária é para não ser reduzida a estereótipos. Como o de herdeira patricinha, uma espécie de Paris Hilton brasileira – Lise é filha do gaúcho Alexandre Grendene, dono da marca de mesmo nome, uma das maiores fabricantes de calçados do mundo, com receita bruta de R$ 1,6 bilhão em 2008. Ou o de ex-namorada de galãs globais – como Cauã Reymond e Rômulo Arantes Neto.
“Meu pai é um self made man e passou isso para mim. Eu quero ser reconhecida pelo meu trabalho, pelos meus méritos. Por enquanto, meu sobrenome é um obstáculo, porque tenho que provar que vou além dele.” Quanto aos ex-namorados famosos, ela garante: “Eu não busquei os holofotes com meus relacionamentos. Pelo contrário, evitei associar minha imagem às deles e acho que consegui”. Aos 24 anos, Lise está solteira e diz que procura companheirismo, maturidade e química no próximo namoro. E sexo? “É fundamental, mas não é a base de uma relação.”
Fonte: TRIP
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