Valença do Piauí, 26 de dez, 2024

Prefeito China de Aroazes é condenado a 15 anos de prisão

Os família da vítima compareceram ao tribunal
Os família da vítima compareceram ao tribunal

O atual prefeito da cidade de Aroazes, Francisco Bernardone Vale, o China (PMDB), acaba de ser julgado, no Tribunal de Justiça do Piauí, sob acusação de assassinato de Manoel Portela, ex-prefeito eleito da cidade, ocorrido em 1996. Ele foi acusado pelo Ministério Público como o mandante do crime. Bernadone, que também é delegado de polícia, chegou a ficar preso pelo homicídio em 2005. O acusado, que não compareceu ao julgamento, tem foro privilegiado por ser prefeito e já respondia por homicídio qualificado e formação de quadrilha.

O julgamento acontece na 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí, que é presidida pelo desembargador Sebastião Ribeiro Martins. Por dois votos a um, após quase duas horas de julgamento, a decisão foi a de condenar o prefeito em 15 anos de reclusão, em regime fechado na penitenciária de Vereda Grande, em Floriano-PI, por homicídio duplamente qualificado. De acordo com ele, o crime foi praticado por motivo torpe em emboscada, incluso no clima político. China, no entanto, vai poder recorrer em liberdade.

O terceiro voto, do desembargador Joaquim Santana, deverá ser dado em até quinze dias. O magistrado fez o pedido de vistas em relação aos méritos do processo. A defesa tem mais quinze dias para recorrer e, em seguida, o recurso segue para Brasília. Já o desembargador Erivan Lopes solicitou a perda de cargo ou mandato eletivo, o que foi aceito pelo presidente da câmara.

Sobre o outro crime, de formação de quadrilha ou bando, o réu foi absorvido por conta da insuficiência de provas. Os magistrados entenderam que Francisco Bernadone e os outros três acusados se uniram para praticar apenas esse homicídio.

Na ocasião, familiares da vítima, emocionados, aplaudiram o anúncio de Sebastião Ribeiro Martins. Manoel Portela , filho do prefeito assassinado, elogiou o trabalho dos desembargadores, apesar da demora na finalização do caso. “Recebemos deboches, recados de que não conseguiríamos. Mas estamos felizes com essa decisão, até mesmo porque foram treze anos de espera. O que mais desgastou a família foi essa morosidade”, desabafa.

Fonte:180graus

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