Rogério Gomes de Sousa, conhecido como Rogério Quirino, foi condenado a 36 anos e 9 meses de prisão pelo feminicídio da jovem Emily Moura, de 16 anos. O crime aconteceu em 9 de setembro de 2022, no bairro Amando Lima, na residência da mãe da vítima, em Valença do Piauí.

O caso chocou a população pela crueldade e pela pouca idade da vítima. Segundo as investigações, Rogério Quirino teria efetuado três disparos de arma de fogo contra a adolescente, com quem tinha um filho. Após o crime, por volta das 19h30, ele fugiu e permaneceu foragido por 15 dias, até ser preso pela Polícia Rodoviária Federal no município de Pouso Alegre, em Minas Gerais, onde continuará preso.

O julgamento ocorreu na manhã desta quinta-feira, 28 de agosto, na 1ª Vara da Comarca de Valença. Após os debates entre defesa e acusação, prevaleceu a tese apresentada pela promotora de Justiça, Dra. Débora Aragão, que celebrou a condenação do réu.

“Sim, hoje mais uma vez se fez justiça. É um caso bem grave e cruel de violência contra a mulher, um feminicídio que hoje se fez justiça condenando essa pessoa que não é a primeira vida de um ser humano que ele tira. Ele já responde por outro processo, por homicídio, e esse feminicídio, onde ele foi condenado hoje. É uma pessoa perigosa, que já responde a inúmeros processos criminais, fugiu, foi pego em Minas Gerais. Ele pegou 36 anos e 9 meses de reclusão. Então, hoje eu estou bem satisfeita com o resultado dado pela Justiça”, disse a promotora ao Portal V1.

A promotora também destacou que o julgamento ocorreu dentro do contexto da campanha “Agosto Lilás”, reforçando a importância simbólica da decisão.

“Nós estamos aqui em Valença, num movimento grande de conscientização a respeito desse grave problema social e jurídico. Então, desde o dia 1º, estamos tendo atividades, palestras, encontros. Foi criada a rede de proteção à violência doméstica e hoje o mês está se encerrando com esse julgamento, que também passa uma importante mensagem: que em Valença não se tolera crime contra a mulher”, afirmou. A sessão do júri foi presidida pelo juiz Dr. José Sodré Ferreira Neto.