É absolutamente correto que o Poder Legislativo Municipal trabalhe em harmonia com o Poder Executivo, a lei diz assim, e não há porque haver divergências quando os objetivos de ambos estiverem direcionados em favor do bem comum da coletividade. Daí a pedir que o Poder Legislativo transfira o início de suas atividades para outra data porque o prefeito adoeceu, é outra coisa, há uma distância muito grande e uma completa falta de razão para tal. No início de cada legislatura o prefeito comparece à Câmara e faz a leitura da mensagem, mais ou menos prestando contas do que fez e definindo os objetivos para o exercício que se inicia. Esta leitura poderia ser feita tanto pelo prefeito como pela vice ou qualquer um dos secretários e até um servidor qualquer que o prefeito indicasse como seu representante. Esta formalidade de leitura da mensagem é tão sem importância que se alguém quiser conhecer o conteúdo de uma mensagem basta ir à Câmara e pedir, as quatro do mandato anterior do prefeito Alcântara são idênticas, a mudança mais expressiva é na data, quem quiser conferir é só ir à Câmara. Na verdade a razão do pedido de adiamento passa é longe do pretexto que o prefeito indicou, são as pressões e mais pressões que vem recebendo tanto sobre a composição do novo secretariado, como as convocações de suplentes com os quais teria se comprometido e agora encontra dificuldades para emplacar. Além disso, há a indefinição sobre quem paga os convocados para servir no executivo, a Câmara entende não poder pagar porque já fixou os subsídios, inclusive já publicou o ato no Diário Oficial e não pode reduzi-los por força de lei e menos ainda extrapolar o limite da responsabilidade fiscal. Vale ressaltar que o nosso prefeito ainda convive, pasmem, com abaixo assinados reivindicando a continuidade de ex-secretários da administração passada. E por falar em abaixo assinado, esta prática está virando moda, lá na Câmara Municipal rola um desses papeis pedindo a continuidade de um ex-auxiliar da administração passada, o presidente atual parece quem nem tomou conhecimento do fato, passou a caneta.