A Eleição da presidenta Dilma Rousseff poderá estimular ainda mais a participação da mulher no cenário político brasileiro. Essa onda poderá começar em Valença pela disputa da presidência da Câmara Municipal, na lista das pré-candidaturas estão às vereadoras Ielva Melão (PPS), atual primeira secretária do parlamento e a vereadora Ceiça Dias (PSB), que já exerceu o cargo de vice-prefeita em Valença.

As vereadoras trabalham suas candidaturas nos bastidores visando presidir o Parlamento Municipal pelos próximos dois anos e repetir a façanha das ex-presidentas Ineide Lima Verde e Salete Lima Verde que já presidiram com louvor o Poder Legislativo.

Até o momento nenhuma das duas manifestou na tribuna o desejo de disputar a presidência, mais nos bastidores os entendimentos estão sendo construídos nesse sentido. Até agora apenas o vereador Lindomar Amâncio manifestou publicamente o desejo de disputar o cargo maior do Poder Legislativo. A disputa feminista reafirma a posição da mulher na política, 78 anos depois de conquistar o direito ao voto e de chegar ao ápice com a eleição da primeira mulher presidenta do Brasil.

O Voto da Mulher no Brasil

Esse direito foi obtido por meio do Código Eleitoral Provisório, de 24 de fevereiro de 1932. Mesmo assim, a conquista não foi completa. O código permitia apenas que mulheres casadas (com autorização do marido), viúvas e solteiras com renda própria pudessem votar.

As restrições ao pleno exercício do voto feminino só foram eliminadas no Código Eleitoral de 1934. No entanto, o código não tornava obrigatório o voto feminino. Apenas o masculino. O voto feminino, sem restrições, só passou a ser obrigatório em 1946.