Moradores do bairro Campestre denunciam má qualidade da água e Agespisa se pronuncia
O Portal V1 foi procurado pelo morador do bairro Campestre, José Rabelo, que juntamente com os demais moradores estão vivendo dias difíceis com a qualidade da água que chega nas torneiras de suas residências.
“Tá uma coisa lastimável, aqui no bairro Campestre faz umas duas semanas que estamos recebendo água podre. A gente já não usa, já tá usando água basicamente só pra tomar banho, até pra lavar roupa, a gente não sabe o que fazer, porque tem dia que a água chega podre, podre, podre, podre, você sente o odor de longe”, relatou o morador.
Segundo ele, além da água com forte odor e aparência imprópria para o consumo, os moradores enfrentam dificuldades para obter respostas da empresa responsável pelo abastecimento. O problema, conforme relata, se agravou com a recente mudança de funcionários no órgão.
“E o pior é que você não tem a quem reclamar, eu estive na AGESPISA \[…] você chega na AGESPISA, não tem mais responsável, seu Manuel, que era o responsável, já foi demitido, e a gente não sabe a quem reclamar. Liguei na Ouvidoria hoje, mas é a mesma coisa”, denunciou o usuário do serviço.
Os moradores cobram providências urgentes das autoridades competentes e da empresa fornecedora para restabelecer a qualidade da água distribuída no bairro, assim como disponibilizar canais e pessoas que possam resolver a questão.
Com a privatização da Agespisa os servidores efetivos dispensados e os serviços estão sendo feitos por terceirizados. Segundo a imprensa estadual a empresa Águas do Piauí deveria assumir a gestão total do serviço em 33 cidades já nesta segunda-feira (5) mais foi a data foi adiada e uma nova data ainda não foi anunciada.
A assessoria de comunicação da Agespisa em conversa com o Portal V1 nessa terça-feira (6) disse ter consultado a superintendência da região sul que informou inicialmente não ter conhecimento do problema e depois a assessoria completou a informação dizendo que o setor responsável pela qualidade da água na Agespisa enviará um técnico para Valença com o objetivo de averiguar as reclamações.
A assessoria também informou que a bomba do bairro Campestre queimou, prejudicando o abastecimento nos bairros São Francisco, Cohab, Lavanderia, Campestre e Ieda Lima Verde.
A situação se agrava com o processo de privatização da Agespisa. Com a adesão de servidores ao Programa de Desligamento Voluntário, o órgão ficou sem funcionários efetivos e sem coordenação local. Atualmente, o escritório funciona apenas com serviços terceirizados voltados à cobrança e manutenção, sem uma liderança nomeada para coordenar a equipe.