A Câmara Municipal, no conjunto dos seus membros, reagiu amadurecida e consciente das suas responsabilidades no episódio de ameaça de substituição do Tenente Santos do comando da Cia. de Polícia da cidade. A indignação da sociedade com a injustiça em gestação fez nascer na edilidade valenciana um sentimento de  corporativismo sadio e que deve existir em toda organização. O poder mais representativo do povo que é a Câmara expressou de fato a emoção da uma sociedade indignada, inconformada com manobras em desfavor da segurança e do povo.

O requerimento apresentado e aprovado pela unanimidade dos vereadores, sem cor partidária, pedindo pela permanência do Tenente Santos, reflete precisamente a maturidade de um colegiado que foi eleito para fiscalizar o Poder Executivo e para fazer as leis, mas também para expressar o sentimento popular em qualquer momento. E eles fizeram bem feito, “quem quer vai, quem não quer manda”. Aprovaram e foram pessoalmente a cada uma das autoridades representativas da política e da polícia entregar o documento. A reação precisa acontecer dessa forma, decisiva e contundente. O fato é que a mudança estava ou está em gestação embora sendo uma injustiça e uma incoerência aos desígnios de uma instituição policial que tem o exato objetivo de preservar a incolumidade das pessoas e produzir a paz social.

O povo agora espera que esta capacidade de reagir das autoridades municipais produza os efeitos esperados e que possamos continuar contando com os serviços deste dedicado policial militar. Reconhecidamente somos uma ‘pátria’ de grandes reações populares, na década de 50 quando a União Federal construía a BR. 316 com o plano de passar distante da área urbana, o povo reagiu: “ou a estrada passa por Valença ou Valença passará para a história”. Os governantes entenderam, as reivindicações eram legítimas e assim foi feito. A história de uma cidade, de um povo, é escrita assim por quem faz a diferença. Parabéns aos vereadores!

gregorioveloso@hotmail.com