Criado no dia 25 de julho de 1954, através da Lei Estadual 1.040, assinado pelo então governador Pedro de Almendra Freitas, o município de Pimenteiras, mesmo passados quase 59 anos, ainda não tinha de fato e de direito uma certidão oficial de cidade piauiense. O resultado desse lapso foi um atraso irreparável em sua historia que chegou ao fim no dia 03 de maio de 2013, quando após uma jornada, o município obteve da Justiça sua certidão com suas terras, ruas, bairros, estradas ordenadas após um trabalho completo de georreferenciamento.

O prefeito Venicio do Ó afirmou que como não havia as certidões, os gestores estavam impedidos de celebrar convênios e receber benefícios dos governos e entidades. “Oficialmente Pimenteiras era um distrito de Valença, não tinha nenhum documento que mostrasse que Pimenteiras era uma cidade constituída com bairros, ruas, zonas urbana ou rural” afirmou.

O prefeito disse que ao receber a administração municipal ficou abismado com o problema e não entendia o motivo porque seus adversários políticos afirmavam que ele havia ganho a prefeitura, mas não ia poder fazer nada. “Tinha duas alternativas, continuar do mesmo jeito, trabalhar apenas com o FPM, tentar fazer gambiarras administrativas, pois não havia terras, bairros, ruas estradas registradas para oferecermos como contrapartidas ou comprar essa briga da legalização do município, contrariando nossos adversários e foi isso que fizemos com a ajuda da nossa comarca, do Ministério Público, cartório e do engenheiro agrimensor Evando Manoel Dantas Marreiros, que foi importantíssimo nesse trabalho” disse.

Com a certeza do sucesso na empreitada o prefeito Venicio do Ó anunciou para essa semana a celebração do primeiro convenio oficial de Pimenteiras, a construção de 40 unidades habitacionais, através do Programa Minha Casa Minha Vida 2 do governo federal. Feliz com a conquista, o prefeito comemorou. “Esse é o maior feito que eu poderia dar a Pimenteiras nesse inicio de gestão, agora vamos resolver pendências financeiras herdadas das gestões anteriores e recuperar o tempo perdido, estamos atrasados 58 anos” concluiu.