Valença do Piauí, 27 de jul, 2024

Google começa a ‘esconder’ sites que disponibilizam conteúdo pirata

O Google alterou seu motor de busca para fazer com que sites que disponibilizem conteúdo “pirata” sejam exibidos em posições mais baixas na busca. As mudanças, conforme publicação no post da companhia, começaram a funcionar em todo o mundo a partir desta semana.

“Em agosto de 2012, nós anunciamos que iríamos rebaixar sites sobre os quais recebêssemos um grande número de notificações válidas de DMCA [lei norte-americana de direitos autorais]. Agora, nós refinamos o sinal de forma que esperamos que afete visivelmente os rankings de alguns dos mais notórios sites”, afirmou Katherine Oyama, conselheira sênior de política de direitos autorais do Google, em post publicado em 17 de outubro.

Quando o Google anunciou a mudança há dois anos, as associações das indústrias cinematográfica e fonográfica afirmaram que as alterações não possuíam impacto comprovado.

Agora, a companhia de internet anunciou seus esforços para endurecer sua política contra conteúdos disponibilizados ilegalmente junto do relatório “Como o Google luta contra a Pirataria”. O documento informa, por exemplo, que o YouTube já gastou mais de US$ 1 bilhão em um programa que remunera autores que tiveram suas produções publicadas no site de vídeo.

O relatório também informa que, em 2013, o Google recebeu 224 milhões de pedidos para retirada de conteúdo, notificações nas quais são gastas, em média, seis horas. Do total, 222 milhões foram retirados do ar, “o que significa que nós rejeitados ou reintegramos menos de 1%”.

Segundo o relatório do Google, os sites “RapidGator”, “4Shared” e “Dilandau” foram os que mais tiveram links removidos dos resultados da pesquisa. Cada um com mais de sete milhões de remoções. “Mesmo nos sites que recebem o maior número de notificações, o número de páginas notificações é tipicamente uma ínfima fração do número total de páginas do site”, escreve o Google.

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Divulgação

Ainda que o Google tenha alterado seu algoritmo para que esses sistes “despenquem” das posições mais altas na busca, segundo a empresa, “seria inapropriado remover os sites sobre essas circunstâncias.”

Entre as iniciativas do Google para evitar que sua ferramenta de busca dissemine a pirataria, estão, além da revisão do algoritmo, uma indicação de fontes legítimas de entretenimento.
Em algumas buscas por filmes que incluam os termos “download”, “grátis” e “assistir”, o Google já testa exibir um box que direciona o internauta a fontes legítimas para acessar o conteúdo ou adquiri-lo, como a Amazon, a Google Play ou o Netflix. Um dos filmes que exibe esse recurso é “Star Trek: Into the Darkness”.

A começar pelos EUA, o Google começou a testar também a exibição de serviços de música on-line que disponibilizam músicas e vídeos dispostos em uma cartela à direita do resultado da pesquisa. A novidade será expandida internacionalmente. Além disso, o Google removeu mais termos da função de “autocompletar”, baseados em notificações de DMCA

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