Não são casos pontuais as ações da Justiça Eleitoral contra políticos sob suspeita de cometer crimes para obter mandatos. O último a quedar-se ante a essa nova realidade foi o prefeito de José de Freitas, Robert Freitas, que teve o mandato cassado sob acusação de captação ilícita de sufrágios, jargão jurídico para a compra de votos. Há dezenas de ações semelhantes que seguramente podem ter resultados similares ao que está custando a Robert Freitas ao menos o aborrecimento de justificar se cometeu ou não o crime de que é acusado. Trata-se, portanto, de uma nova realidade: não é possível que as eleições sejam disputadas num cenário em que vence aquele que dispuser dos maiores meios financeiros. O caso de José de Freitas, aliás, é bastante ilustrativo disso, porque o candidato opositor (e que agora luta para assumir o mandato) teria se valido, na véspera do pleito, de um derrame de dinheiro na tentativa de reduzir a enorme vantagem do adversário. A prova é que as pesquisas de opinião de diferentes institutos, mostravam Robert na frente de Ricardo Camarço com mais de 20% de diferença e no final da apuração, o pleito saiu quase empatado. Não sem razão, deve merecer apoio toda e qualquer iniciativa que vise a evitar que a vontade do eleitor seja manipulada pelo uso do dinheiro, seja por quem está na confortável posição de controle da máquina pública, seja por aqueles que querem se apoderar das finanças públicas para se locupletar e pagar empréstimos feitos a agiotas com o intuito de chegar ao poder para pilhar o Erário. Fonte: Portalaz
Jornalista Arimatéa Azevedo
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