A Prefeitura de Valença não recuou e a Câmara Municipal rejeitou o Projeto que autoriza o município a desenvolver ações do Programa Minha Casa Minha Vida. A votação aconteceu na noite desta segunda-feira (18) durante sessão ordinária do Poder Legislativo. Os cinco vereadores da oposição Ielva Melão, Gilmar Barbosa, Joaquim Filho, Tico Adriano e Lindomar Amâncio tiveram votos contrários ao projeto, sob a alegação de que a prefeitura municipal não informou ao Legislativo Municipal, os procedimentos que foram usados para a escolha das famílias beneficiadas.

A oposição queria que a prefeitura informasse a relação das pessoas, que seriam beneficiadas e que o sorteio acontecesse em um evento publico para dar direito a todos. No plenário, os vereadores relataram que foram procurados por pessoas que pediram para que o projeto fosse aprovado, uma vez que já teria a garantia de que seria beneficiada.

Segundo a oposição, as casas já teriam sido indicadas por aliados da prefeitura, o que prejudicaria as demais pessoas que também estão aptas a ser beneficiadas. Os vereadores reclamaram da forma obscura em que a prefeitura vem tratando a questão.

O vereador Lindomar Amâncio afirmou que não consegue entender as atitudes da prefeitura, se de um lado o município usa todo o poder para persuadir a votação do projeto da construção das casas destinadas a Valença.

Do outro vem se negando a facilitar a construção de 200 casas do Residencial Wilson Martins Filho ao lado da Praça do Milênio projeto idealizado pela Fundação Raul Alencar, que espera apenas a liberação da licença ambiental que pode ser dada pelo município. Votaram com o projeto os vereadores Ceiça Dias, Walfredo Filho, Pedro Ribalta e Elizeu França.

Como a votação ficou empatada a presidenta Ielva Melão votou com a oposição. Como o projeto foi reprovado ele poderá ser colocado novamente em pauta no próximo período legislativo que começa em agosto. Segundo a oposição caso a prefeitura apresente o projeto depois das eleições e com a devida transparência ele será aprovado por unanimidade.